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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

As causas basicas do necrochorume

As causas básicas são duas : Despreparo no cuidado do sepultamento e localização em terrenos inadequados.

Portanto, para afastar o risco real de contaminação é preciso avaliar as Condições Geológicas do local em que serão depositados os corpos, verificando o tipo de solo (não argiloso, não úmido, não quente), bem como as Condições Hidrogeológicas, que acontece verificando a profundidade do aquífero. O sepultamento em locais altos é desaconselhável, ainda que distantes do centro populacional. Os corpos sepultados precisam estar abaixo do nível da água.



Tapanã - Belém do Pará - A UFPA-BR comprovou excesso de umidade do solo e saponificação dos corpos, retardando a decomposição



Cemitério de Tapanã-Belém do Pará, com superpopulação funerária pela dificuldade de decomposição dos corpos devido à umidade. Alta liberação de necrochorume. Caso comprovado de solo impróprio. O responsável pelas investigações da UFPA foi o geofísico Waldemir Gongalves Nascimento, da UFPA.






Cemitérios são fontes potenciais de contaminação.








No Cemitério de Vila Rezende, em Piracicaba (SP), Robson Willians da Costa Silva e Walter Malagutti Filho - do Departamento de Geologia Aplicada, da Universidade Estadual Paulista (Rio Claro, SP), constataram plumas de contaminação, uma delas estendendo-se para fora dos limites do cemitério ( http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2009/263/cemiterios-fontes-potenciais-de-contaminacao ).



Em um cemitério de Santos (SP), a água subterrânea próxima a sepultamentos recentes apresentava alta condutividade elétrica e íons de cloreto e nitrato, além de bactérias e vírus.







Todavia, as prefeituras, em geral, optam por terrenos de baixo custo financeiro, sem verificar os detalhes que podem ser cruciais na vida populacional nos próximos anos.

E outro agravante é que até mesmo autarquias ligadas ao aspecto ambiental fazem um jogo de empurra-empurra, quem fica responsável por o que, ora com as prefeituras, ora com órgãos estaduais e federais, deixando de fiscalizar e de autuar.

Como foi no caso dos equipamentos de prevenção de chuvas e enchentes na região Serrana do Rio. Nenhum dos órgãos (federal, estadual e municipal) quis se responsabilizar pelo uso, conservação e manutenção do equipamento; deu no que deu. Hoje, estarão, pelo menos, cuidando para que o necrochorume dos corpos enterrados e todos os demais que permanecem soterrados, não polua as águas que a população bebe?




Saponificação - Aparece sob forma de plumas de contaminação.

Plumas de contaminação

Por vezes, agricultores encontram em um riacho “que sempre foi limpo” uma espuma estranha, inexplicável, já que nem indústrias há pelas redondezas... Pode ser necrochorume.

Em função da viscosidade e densidade do necrochorume em relação à água, existe a possibilidade de se formar plumas de contaminação, que vão do branco ao azulado, que se disseminam pelo solo saturado, em velocidade variável, atingindo distâncias significativas a partir da origem, infectando localidades que, nem imaginam, podem estar sendo contaminadas.

Os diferentes tons correspondem a diferentes concentrações do contaminante específico, além da quantidade de água que se infiltra (lençóis freáticos ou água da chuva).

Dependendo das condições geológicas do meio, a composição do necrochorume pode propiciar a sobrevivência e a proliferação de microrganismos oriundos da decomposição, e a consequente periculosidade do líquido, que pode conter bactérias, vírus e substâncias químicas orgânicas e inorgânicas, favorecida pela falta de oxigênio na água subterrânea, já que o oxigênio diminui à medida que a profundidade aumenta.




Resumo do processo de contaminação das águas:

Decomposição do corpo humano morto (cadáver)

A decomposição do cadáver libera necrochorume, que pode contaminar o solo



Infiltração

Se a cova for perto de lençol freático raso, a contaminação ocorre mais rapidamente



Perigo

Vizinhos correm risco de contrair doenças ao entrar em contato com água contaminada



Alcance

Se bactérias forem levadas pela água da chuva, o risco de contaminação aumenta.



A preocupação, como vimos, é procedente. Precisam ser envidados esforços urgentes para atacar mais esta frente. A tragédia que assolou a Região Serrana do Rio é a maior de que se tem notícia. Em solidariedade a esses cidadãos e em nome de todas as vidas perdidas, também em outros estados e países, conclamamos para que todos levantem esta bandeira.



Temos que trabalhar na prevenção, para que novos problemas não deixem a população ainda mais desprotegidas. Saúde deve interessar a todos, inclusive à indústria farmacêutica, que terá de enveredar por um outro viés.



Enquanto se tiver 10 farmácias para cada 3 padarias, a coisa continua mal.



Em 2010, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril.



Em 2011, contabilizam-se, até o momento, mais de mil mortos (corpos encontrados) e estimam-se, pelo menos, 500 desaparecidos.


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O sepultamento ou enterramento dos corpos humanos parece remontar a 100 mil anos antes da nossa era. A partir dos 10 mil anos a.C., as sepulturas são agrupadas e, assim, aparecem os primeiros cemitérios com túmulos individuais e sepulturas coletivas.



A palavra cemitério, do grego koimetérion, “dormitório”, pelo latim coemeteriu, significa recinto onde se enterram e guardam os mortos.



Com o advento do cristianismo o termo tomou o sentido de “campo de descanso após a morte”.



Os cemitérios também são conhecidos pelos seguintes termos ou expressões: necrópole, carneiro, sepulcrário, campo santo, cidade dos pés juntos, última morada e outros.



Só se pode falar realmente em cemitérios a partir da Idade Média européia, quando se enterravam os mortos nas igrejas paroquiais, abadias, mosteiros, conventos, colégios, seminários e hospitais.



Foi somente a partir do século XVIII, que a palavra começou a ter o sentido atual, quando por razões higiênicas, os sepultamentos voltaram de novo a ser feitos ao ar livre, em cemitérios campais localizados o mais longe possível das áreas urbanas

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