Surgiram então cientistas visionários e empresas como a Planktos e a Climos, propondo adicionar ferro nos oceanos (em inglês) para reduzir os níveis de dióxido de carbono atmosférico e, conseqüentemente, baixar temperaturas. A idéia de derramar ferro nos oceanos para baixar as temperaturas tem sido considerada desde o fim dos anos 80, sendo amplamente conhecida como adição de carbono, semeadura oceânica ou fertilização com ferro.
Foto cedida NOAA
Um grande número de adições de ferro tem sido feita desde que o oceanógrafo John Martin sugeriu a idéia há mais de 15 anos [fonte: Haiken]. Uma experiência feita em 2004 indicou que cada átomo de ferro adicionado à água poderia eliminar de 10 a 100 mil átomos de carbono da atmosfera com o incentivo da criação de plânctons [fonte: Schiermeier (em inglês)]. Alguns cientistas acreditam que adicionar ferro ao oceano no sul pode reduzir os níveis de dióxido de carbono em até 15% [fonte: Schiermeier (em inglês)].
O cientista Oliver Wingenter sugere uma abordagem mais cautelosa, argumentando que adicionar quantidades imensas de ferro ao oceano poderia causar um grande resfriamento de mais de 10ºC [fonte: Wingenter (em inglês]. Ele recomenda fertilizar apenas 2% dos oceanos do sul para causar um resfriamento de 2ºC para retornar ao ponto de aquecimento global de cerca de 10 anos [fonte: Wingenter (em inglês)].
Em vez de focar a redução de níveis de dióxido de carbono, a pesquisa de Wingenter se concentra no aumento de outros gases que resultam da criação de fitoplâcton, mais especificamente o sulfeto de dimetila ou DMS. DMS é amplamente responsável pela formação de nuvens na região polar e poderia aumentar a reflexibilidade dessas nuvens, contribuindo para reduzir temperaturas. Durante os experimentos de fertilização de ferro, Wingenter descobriu que adicionar ferro elevou a concentração de DMS em cinco vezes {fonte: Wingenter (em inglês)].
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