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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

aquecimento global

O aquecimento global se tornou uma das questões mais importantes do século 21. Os cientistas prevêem cenários desanimadores, como a inundação da Flórida dentro de algumas décadas, e as pessoas pedem uma ação.
Surgiram então cientistas visionários e empresas como a Planktos e a Climos, propondo adicionar ferro nos oceanos (em inglês) para reduzir os níveis de dióxido de carbono atmosférico e, conseqüentemente, baixar temperaturas. A idéia de derramar ferro nos oceanos para baixar as temperaturas tem sido considerada desde o fim dos anos 80, sendo amplamente conhecida como adição de carbono, semeadura oceânica ou fertilização com ferro.
carbon cycle
Foto cedida NOAA
Fitoplânctons absorvem CO2 e a luz do sol para produzir energia na fotossíntese
Na verdade, a premissa é simples. O ferro age como fertilizante para muitas plantas e alguns microorganismos - como os fitoplânctons que formam a base da cadeia alimentar marina e precisam desse elemento para crescer. Adicionar ferro à água estimula o desenvolvimento de fitoplânctons, que devoram dióxido de carbono por meio da fotossíntese. Supõe-se que o resultado da diminuição de dióxido de carbono ajude a reduzir as temperaturas, considerando que o dióxido de carbono é um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento da superfície da Terra através do efeito estufa.

Um grande número de adições de ferro tem sido feita desde que o oceanógrafo John Martin sugeriu a idéia há mais de 15 anos [fonte: Haiken]. Uma experiência feita em 2004 indicou que cada átomo de ferro adicionado à água poderia eliminar de 10 a 100 mil átomos de carbono da atmosfera com o incentivo da criação de plânctons [fonte: Schiermeier (em inglês)]. Alguns cientistas acreditam que adicionar ferro ao oceano no sul pode reduzir os níveis de dióxido de carbono em até 15% [fonte: Schiermeier (em inglês)].

O cientista Oliver Wingenter sugere uma abordagem mais cautelosa, argumentando que adicionar quantidades imensas de ferro ao oceano poderia causar um grande resfriamento de mais de 10ºC [fonte: Wingenter (em inglês]. Ele recomenda fertilizar apenas 2% dos oceanos do sul para causar um resfriamento de 2ºC para retornar ao ponto de aquecimento global de cerca de 10 anos [fonte: Wingenter (em inglês)].

Em vez de focar a redução de níveis de dióxido de carbono, a pesquisa de Wingenter se concentra no aumento de outros gases que resultam da criação de fitoplâcton, mais especificamente o sulfeto de dimetila ou DMS. DMS é amplamente responsável pela formação de nuvens na região polar e poderia aumentar a reflexibilidade dessas nuvens, contribuindo para reduzir temperaturas. Durante os experimentos de fertilização de ferro, Wingenter descobriu que adicionar ferro elevou a concentração de DMS em cinco vezes {fonte: Wingenter (em inglês)].

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