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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

POLUIÇÃO DOS AQÜÍFEROS


Os cemitérios podem trazer sérias conseqüências
ambientais, em particular sobre qualidade das águas subterrâneas
adjacentes. A infiltração e percolação das águas pluviais através dos
túmulos e solo provoca a migração de uma série de compostos
químicos orgânicos e inorgânicos  através da zona não saturada,
podendo alguns destes compostos atingirem a zona saturada e portanto
poluir o aqüífero. Devido a isto, o monitoramento das águas
subterrâneas na vizinhança dos cemitérios é da maior importância nos
estudos ambientais.
O aqüífero livre superior (lençol freático); é muito
suscetível e vulnerável a processos antrópicos. Esta vulnerabilidade
deve-se ao seu posicionamento espacial no meio físico e acesso
facilitado aos vetores químicos e microbiológicos, cujo ingresso é
proporcionado pelo carreamento das  águas superficiais infiltradas
(chuvas). Este aporte hídrico subterrâneo recarrega naturalmente o
aqüífero de maneira direta, perfazendo até 40% do total precipitado,
em algumas situações geológicas.
PACHECO (1986) verificou que o impacto físico mais
importante está no risco de contaminação das águas subterrâneas por
microorganismos que proliferam durante o processo de decomposição 6
dos cadáveres e posteriormente o uso destas águas pelas populações.
Se considerar que, de maneira geral, na localização de Cemitérios não
se levam em conta os aspectos geológicos e hidrogeológicos, estes,
por efeito da inadequação do tipo de construção, poderão se constituir
em unidades de alto potencial de risco para as águas.
O maior impacto causado ao meio físico é o extravasamento
do necrochorume e o seu aporte no nível hidrostático, onde a
contaminação até então localizada, poderá disseminar-se (pluma de
poluição).
Desde os tempos imemoriais, o solo tem sido utilizado pelo
homem para disposição de seus resíduos, incluindo o seu próprio
corpo após a morte.
Segundo SILVA (1999a), em geral em função de sua
constituição mineralógica, condições intempéricas e conteúdo
microbiológico, a camada de solo reúne condições de degradar a
matéria orgânica enterrada, de maneira discreta e fora da visão
humana. Portanto, o solo tem uma  capacidade de depuração natural
incontestável, em condições normais de aeração, na porção acima do
nível das águas subterrâneas.
BOLIVAR (2001) afirmou que  os cemitérios são fontes
potenciais de contaminação das águas subterrâneas, pelo simples fato
de serem laboratórios de decomposição de matéria orgânica, durante a
qual está presente uma infinidade de microorganismos.

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